A maior locadora de filmes do mundo, a Blockbuster, surgida em 1985 nos Estados Unidos e instalada no Brasil há 15 anos, prepara-se para requerer a autofalência.
Após dominar o mercado de locadoras por quase duas décadas, a Blockbuster não resistiu ao crescimento de empresas digitais como a Netflix e os quiosques de locação Redbox, contando ainda com o agravante da pirataria e o compartilhamento ilegal de filmes pela internet.
A crise teve início no ano de 2004. Já em 2007, quando as locações sofriam fortes baixas, as Lojas Americanas compraram a operação da rede brasileira. Nos EUA, a Blockbuster fechou mais de 1000 lojas só em 2009.
Na semana passada o chefe-executivo da empresa encontrou-se com acionistas e executivos de grandes estúdios, como Warner Bross e Walt Disney Studios; a intenção era conseguir ajuda para compensar as perdas de US$ 1,1 bilhão em 2008 e a dívida de US$ 920 milhões. Seria uma falência pré-planejada, que ajudaria a empresa a escapar do caro aluguel de suas lojas.
A outra opção seria convencer um investidor a custear a reestruturação da empresa. A esperança da Blockbuster são pequenos quiosques como os RedBox, que alugam DVDs por US$ 1 por noite, e também aluguéis digitais, um nicho que tende a crescer com a melhoria da velocidade das conexões.
Mas a falência prevista para o próximo mês é o cenário mais próximo da realidade.
Fonte: Costa Ribeiro, Faria Advogados Associados