Muitos sonham, porém poucas pessoas no mundo inteiro têm o privilégio de tocar a Tocha Olímpica, um importante símbolo da história das Olimpíadas. O analista judiciário Aparecido Machado, da 4ª Vara da Infância e Juventude de Campo Grande, terá a oportunidade no dia 29 de julho. Ele foi um dos selecionados na campanha “Servidores que valem ouro”, promovida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Para participar, o servidor deveria escrever um breve relato de sua atividade, destacando a razão pela qual seria merecedor de participar do Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016. Aparecido Machado, que trabalha no Poder Judiciário fluminense há 20 anos, descreveu um projeto desenvolvido com o magistrado Mauro Nicolau Junior, na Vara de Família de Nova Friburgo, em 1999. Na ocasião, foram pacificados 350 litígios e restabelecidos 53 casamentos.
“Tenho muito orgulho em fazer parte dessa casa, um lugar de pessoas íntegras. É uma honra representar o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em um evento tão importante”, disse o servidor.
Assim como Aparecido, outros 49 servidores estaduais foram selecionados para participar do revezamento. Na próxima quinta-feira, dia 5, às 10h, eles participarão da entrega de certificados no Palácio Guanabara.
Durante mais de 90 dias, entre maio e agosto, a Tocha Olímpica passará por cerca de 300 cidades em todo o Brasil.
Confira o texto do servidor:
“Tenho 50 anos de idade, sou servidor do Estado há 23 anos, com diversos elogios funcionais na folha e nenhum processo administrativo. Possuo formação superior (SUAM) e pós-graduação (EMERJ) em direito. Descobri com a experiência que mais do que receber a prestação jurisdicional, é necessário apaziguar as relações sociais. Então, propus ao juiz de Direito Mauro Nicolau Jr., quando trabalhava em Nova Friburgo, um projeto de pacificação em matéria de Direito de Família que resultou, após seis meses de convênio com o TJRJ, em mais de 350 ações pacificadas e 53 casamentos restabelecidos. Assim, por representar os servidores probos, comprometidos com o público, teria a honra de representar meu Estado recebendo a oportunidade de carregar a Tocha Olímpica”.
Servidora se sente premiada
O sonho de carregar a Tocha Olímpica também será compartilhado pela servidora Grace Kelly Amorim. Aliás, para ela, a notícia de ser uma das 50 selecionadas na campanha “Servidores que valem ouro” teve dupla satisfação. Além de poder carregar um dos mais importantes símbolos dos Jogos Olímpicos, a participação no evento transformou-se no reconhecimento de seu trabalho no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
A inscrição foi iniciativa do desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo, de quem é uma das assessoras. O magistrado fez um pequeno relato da dedicação da servidora ao trabalho..
“Sou desembargador no TJRJ e a colega indicada é minha assessora desde 2008. Por várias vezes, tenho presenciado o excesso de zelo com que atua na busca de fatos que me auxiliem a produzir uma decisão o mais próximo possível do justo. Lembro-me de um processo de adoção envolvendo três crianças que estavam abrigadas por maus tratos dos pais biológicos. O juiz suspendeu o poder familiar e deu a guarda aos pais adotantes. Eu fiquei receoso em manter a decisão liminar, pois o recurso dizia que os adotantes usaram de prestígio para retirar indevidamente as crianças de seus pais. Em um processo tão delicado, envolvendo a vida de três crianças, Grace não mediu esforços. Com a experiência acumulada em 23 anos como funcionária do Poder Judiciário, sendo três deles como Oficial de Justiça, a servidora conduziu uma ampla pesquisa sobre os fatos, inclusive fora do expediente. Graças a sua experiência e dedicação, pude finalmente decidir a fim de atender aos interesses das crianças” disse ele.
Grace Amorim não mede palavras para descrever o momento de felicidade que tem vivido. Ela soube que disputava uma das vagas na campanha, pelo próprio desembargador depois de feita a inscrição. Por isso, não economiza nos agradecimentos à atitude do magistrado.
“Fiquei muito honrada pela seleção. Ainda mais porque a indicação partiu do meu chefe. Para mim foi um ato de fazer Justiça. O desembargador sempre foi zeloso nas suas decisões e fico feliz pelo reconhecimento à minha contribuição num processo para que ele pudesse desempenhar bem o seu trabalho e fizesse Justiça" – disse ela.
Grace Amorim é casada e tem uma filha de cinco anos. Por coincidência, ela foi escolhida pela coordenação dos Jogos Olímpicos para fazer o percurso em Piraí que é próximo de Rio das Flores, cidade em que ela começou a sua carreira no Judiciário.
MG/ PC/ SF - Notícia publicada pela Assessoria de Imprensa em 02/05/2016 15:51